Os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) prometem, para hoje, greve de 24 horas em todo o país. A paralisação não vai afetar o setor de perícia médica. Mesmo assim, cerca de 30 mil segurados, só no Estado de São Paulo, podem ter o atendimento prejudicado.
No Estado de São Paulo são atendidos em média 75 mil segurados por dia nos 178 postos do INSS. Desse total, 60% são casos de perícias (45 mil). Os outros 40% (29,7 mil segurados) dependem do atendimento dos servidores.
Na capital paulista, a média de atendimentos nos postos do órgão é de 1.000 segurados por dia. No interior, é de 300. Segundo o sindicato dos servidores, o atendimento será normalizado amanhã.
Segundo a Previdência, os segurados que têm perícia marcada para hoje devem ir aos postos normalmente. O INSS disse que, caso a greve ocorra, comunicará à população as providências que tomará.
Para escapar da paralisação, o segurado pode ligar para a central de atendimento (telefone 135), que funciona das 7h às 22h, ou acessar o site do INSS para agendar atendimento ou tirar dúvidas. Além disso, pode procurar saber se o posto em que havia marcado atendimento está funcionando.
A greve é contra a proposta de reajuste e alteração na jornada de trabalho apresentada pelo governo. Os servidores são contra a jornada de 40 horas semanais --atualmente, fazem 30 horas-- e o vínculo do reajuste salarial com o desempenho por produtividade.
"Na proposta, cerca de 80% dos incrementos salariais são relacionados à produtividade. Assim, o servidor será prejudicado ao se aposentar, porque esse aumento não é incorporado ao benefício", disse José Campos, diretor do Sinsprev-RS (sindicato dos servidores do INSS do Rio Grande do Sul).
Amanhã, os servidores da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social) farão um protesto às 14h no Rio, mas a manifestação não deverá interferir no atendimento ao público.
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